Em tempos de Uber, resolvi lembrar um poucos dos jogos de "Táxi", uma temática nada usual mas que de vez em quando ganha destaque graças a algum desenvolvedor maluco.
Taxi, Quarantine, Hell Cab, Crazy Taxi e Taxi Rider
Taxi (1983) – Programado por Jeff
Naylor, é um jogo bem simples para o ZX Spectrum, computador de 8 bit fabricado
pela Sinclair na Grã-Bretanha e que, no Brasil, foi clonado pela Microdigital (TK
85, TK 90X etc.). O objetivo do jogo é levar os passageiros de um ponto a outro
em um circuito oval e, ao mesmo tempo, evitar bater em outros carros. Tem todo
jeito de jogo de baixo custo e considero praticamente injogável hoje em dia.
Hell Cab (1993) – Produzido pelo
artista espanhol Pepe Moreno, Hell Cab foi um dos primeiros jogos em CD que eu
vi na minha vida, no período dos famosos “kits multimídias” (vendidos à parte, traziam
placa de som, leitor de CD e caixas acústicas). Hell Cab é um adventure point and click em primeira pessoa, com
pitadas de visual novel. Você é um viajante que chega a Nova York e, ao pegar
um taxi, descobre aos poucos que o seu motorista não é exatamente convencional.
A história é muito engraçada, mas com alguns regionalismos meio complicados. Vale
a pena pela curiosidade.
Quarantine (1994) – Ao ser
lançado, originalmente para PC e 3DO, este jogo provocou uma enorme polêmica por
conta do grau de violência e da abundância de “sangue virtual”, não muito
diferente do que ocorreu com o primeiro Mortal Kombat. Hoje em dia é até
engraçado pensar que isso foi considerado a sério, pois o tom do jogo é muito mais
cômico do que violento. Quarantine é uma espécie de “Doom com rodas”, no qual o
jogador assume o papel de um motorista de taxi num futuro diatópico. Embora o
jogo traga gráficos muito bacanas para o período e uma narrativa recheada de humor
negro, a jogabilidade é meio travada e o jogo torna-se progressivamente muito
difícil, quase desleal.
Pepe, o criador de Hell Cab
Crazy Taxi (1999) – Originalmente
disponível nos arcades, Crazy Taxi foi lançado em 2000 para o Dreamcast, o
último console da Sega. Embora a série tenha continuado por algum tempo (Crazy Taxi 2 e 3), considero o primeiro jogo não somente o pináculo dos jogos de taxi - o
que é um título meio fácil de se conseguir – mas também uma das experiências mais marcantes da 6ª geração
de vídeo games. O sistema é simples: pegue os passageiros e transporte-os para os respectivos destinos, sempre tomando conta do tempo. Quanto mais
rápido, mais dinheiro e mais tempo. É divertidíssimo, e a trilha sonora com The
Offspring e Bad Religion é perfeita para o estilo do jogo. Ah, e mencionei que
a “física” não é exatamente realista? Imperdível.
Uma máquina arcade de Crazy Taxi
Taxi Rider (2002) – O fato desse
jogo de PS2 ter sido lançado somente na Europa e no Japão é uma pista.
Basicamente, é um clone defeituoso de Crazy Taxi, no qual toda graça e diversão
parecem ter sido trocadas por chatice e complexidade indevida. Além disso, os
carros do jogo se parecem com aquelas miniaturas “Choro Q”, de aspecto
deformado. Sei não, acho que prefiro ver o filme do Pelé.
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